Manhã de sexta feira, dia nublado. Vontade de ficar quietinha em casa e não sair pra lado nenhum!
29 de outubro de 2010
28 de outubro de 2010
Pulgas
Há muitas histórias que vou contar sobre o quintal mas hoje começo com as pulgas. Sim, começo com elas porque estou sendo vorazmente atacada por estes pequenos insetos irritantes.
Quando cheguei nesta casa (uma casa geminada dividida por um muro baixo) fiquei maravilhada com a possibilidade de ter um quintal e cultivar um jardim e talvez uma horta. Bem, o jardim consegui cultivar, mas a horta ficou só no pensamento.
Então, no meu quintal há dois coqueiros, dois limoeiros, um abacateiro, uma mafureira e uma acácia de flores vermelhas. Já no quintal da vizinha há três mangueiras, uma pitangueira e uma mafureira.
É nas mangueiras que reside o perigo. Especialmente na mangueira próxima do muro ao fundo do quintal. A minha primeira vizinha, que já estava aqui quando cheguei, era Débora (uma americana) que vivia com seu filho Markee e seu cachorro Jesse. Como na época ainda não havia muro de frente pra rua em ambas as casas, dois outros cães eram também freqüentes no quintal deles: Bob (vulgo “mamma dog”) e Britnei.
Um dia, estava assentada no quintal deles conversando com Markee e Débora quando percebi que haviam pulgas na minha perna. Era aproximadamente esta mesma época do ano. Perguntei à Débora se eles davam banho regularmente no Jesse porque haviam muitas pulgas ali pulando por toda a parte. Ela disse que davam sim mas que não adiantava porque as pulgas se reproduziam debaixo da mangueira no fundo do quintal e que havia milhares delas.
Hum, fiquei com aquilo na cabeça. Pulgas se reproduzem nas mangueiras? - Mas não são hematófagas (que se alimentam sangue)? Perguntei a mim mesma tentando puxar na minha memória algo relevante ao assunto nas minhas saudosas aulas de zoologia 2. Contudo, não lembrei de nada.
Débora, Markee e Jesse se mudaram, outra vizinha chegou e eu já não mais vou ao quintal vizinho. Mas desde o início deste mês, com a chegada do calor exagerado, as pulgas se multiplicaram e começaram a me pertubar, picando-me durante a noite principalmente, mas também durante o dia. Hoje de manhã sentei no sofá e senti algo andando em minha barriga quando levantei a blusa vi ali aquele ser pequenino a sugar-me o sangue. Peguei-o rapidamente e esmaguei-o com as unhas com todo o prazer. Pensei então: -Já chega, vou procurar saber que história é esta de pulgas na mangueira! Então fiz uma procura no Google e no meu livro de zoologia geral do Storer herdado da mamãe e descobri.
As pulgas se reproduzem por processo de metamorfose completa, possuindo ovo, estágio larval, pupa e indivíduo adulto. Os ovos são freqüentemente depositados em meio a poeira e sujidade. As larvas se alimentam de restos orgânicos e podem ser encontradas em locais ao abrigo da luz. E elas gostam de calor.
Assim ficou explicado o “mistério: local com bastante matéria orgânica depositada, com bastante sombra e por onde passam animais como gatos, cães, ratos: é o pé da mangueira!
Difícil vai ser acabar com as pulgas! Como manter sempre limpo um quintal com tantas árvores, por onde passam gatos e ratos e que nem é meu? E se não há tantos outros mamíferos por perto, elas entram na minha casinha para se alimentarem de mim!
Ai, ai, ainda vou sofrer um pouco com esses benditos insetos da ordem Siphonaptera (do grego siphon: tubo ou cano/ apthera: sem asas)...
2 de outubro de 2010
Sábado de Sol
São 9:50 da manhã numa bela manhã de sol em Moçambique. Da janela da minha sala posso ver um pedacinho do mar - Oceano Índico. Ouço os pássaros no quintal. Nada de praia hoje. Dú está de urgência e eu deveria ir ver os "mestres" lá construção do Centro de Esperança. Mas não estou com vontade... Quem sabe mais tarde?
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